A Origem dos Números

Origem dos Números

Como o homem aprendeu a contar?

  

Você já usou os números muitas vezes, mas será que já parou para pensar:

•  De que surgiram os números?

• Como foram as primeiras formas de contagem?

• Como os números foram criados?

•  Será que eles sempre existiram?

Para descobrir sobre a origem dos números, precisamos estudar um pouco da história humana...

Homens na Pré-história

O homem Pré-histórico era um rude caçador, por isso, não tinha necessidade de contar, e nem precisava. Naquele período, o homem, para se alimentar, caçava, pescava e colhia frutos; para morar, usava cavernas; para se defender, usava paus e pedras. Nesse tempo, sua vida ainda era nômade, ou seja, “povos que não tem uma moradia fixa, que vivem permanentemente mudando de lugar.” Depois o homem teve a necessidade de se fixar, com isso, surgiu à necessidade de plantar, domesticar animais, etc. Esse período é que chamamos de Período Neolítico (ou idade da pedra polida – 10000 a 4000 a. C.), onde suas Características são:

Desenvolvimento da agricultura (o homem não abandonou por completo a caça e a pesca; porém, isso deixou de ser a única fonte de alimento);

• Passou a cultivar trigo, centeio, cevado e outros produtos;

• Domesticou o boi, o cavalo, a ovelha e outros animais;

• Suas roupas eram feitas fibras vegetais (linho e algodão);

•  Usou o barro para fazer potes, panelas, bacias e outros utensílios domésticos;

• Construiu casas sobre estacas (palafitas);

• Utilizou o osso, a madeira e a pedra polida na fabricação de seus instrumentos e armas, mais aperfeiçoadas;

• Desenvolvimento da religião.

Período Neolítico

 Com toda essa evolução, o homem sentiu necessidade de conhecer o tempo, as estações do ano e as fases da lua. E, então criaram os primeiros calendários. Em paralelo com a agricultura, surgiu a necessidade de controlar o rebanho, com isso percebeu-se que precisaria “contar”. Então, pela manhã, antes de soltar os animais, o homem estabeleceu uma correspondência, na qual cada animal do rebanho equivalia a uma pedra, que por sua vez era guardada em um saco.

Contagem de Ovelhas

 No fim do dia quando os animais voltavam do pasto era feita a correspondência inversa: para cada um deles uma pedrinha era retirado do saco. Caso sobrassem pedrinhas, animais poderiam ter se perdido. Mas se houve mais animais, outra pedrinha era acrescentada ao saco. É por isso que quando queremos contar alguma coisa, dizemos que estamos fazendo um cálculo, palavra derivada do latim Calculus, que significa pedrinha. A correspondência unidade a unidade não era feita somente com pedras, mas era usado também nó em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas, etc. 

Nó em Cordas

Talhes em Ossos

A palavra “talhe” significa “corte”. Hoje em dia, usamos a correspondência unidade a unidade. Com o passar do tempo as quantidades passaram a ser representadas por expressões, gestos, palavras e símbolos, sendo que cada povo tinha sua maneira de representação. Levantar os dedos permitia saber, no momento a quantidade de objetos, mas não permitia guardar essa informação. Separar pedras já permitia guardar a informação por mais tempo, mas não era muito seguro. Surgiu, portanto, a necessidade de registrar as quantidades (números).

Porém, com o surgimento da escrita isso foi possível. Foram os sumérios que inventaram a escrita. Os Sumérios são considerados a civilização mais antiga da humanidade, eles viviam na região Sul da Mesopotâmia, onde hoje se localiza o Iraque.

Sumérios

A necessidade de comunicação entre os homens levou-os a criar símbolos para representar quantidades, com isso, surgiram então, os sistemas de numeração, que se constituem em um conjunto de símbolos e regras que os permitiam escrever e ler um número.
Ao longo da história existiram muitos sistemas de numeração, dentre eles podemos destacar:

• O dos egípcios, na África;
• O dos chineses, na Ásia;
• O dos maias, na América do Norte Central;
• O dos romanos, na Europa;
• O dos babilônios, no Oriente Médio;
• O dos Gregos, na região do Mediterrâneo.